O poema “Fanatismo” de Florbela Esperança é contemporâneo. O eu -
lírico expressa a sua obsessão pelo seu amado(a), levando-a como uma crença
muito forte, e vendo seu adorado(a) como um ser quase que divino, como demonstra
em seus versos: “Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida. (perdida porque ele
acaba se perdendo na imensidão desse amor) Meus olhos estão cegos de te ver.
(anda cego porque não consegue ver a realidade, vendo ela a sua idealização já
é tão grande, que o que ele vê não faz parte do real) Não és sequer razão do
meu viver Pois que tu es já toda minha vida!(e um sentimento tão grande que já
tomou toda sua vida )”.
O eu - lírico descreve um amor anormal, onde ele se prende a
pessoa amada de uma forma tão intensa, que essa emoção chega a tomar conta de
sua vida, de seus pensamentos, sonhos, ideais e de suas certezas de
durabilidade desse amor, que para ele é permanente e até desdenha de pessoas
que criticam dizendo ser passageiro, pois este sentimento é tão forte que se
torna uma devoção com ele, tão exageradamente que se entrega a um amor muitas
vezes platônico fazendo com que ele sacrifique sua existência a essa paixão que
ocupa cada canto, cada momento que se torna perfeito e único, com uma dedicação
excessiva e incondicional, vendo seu amado(a) como razão de seu viver.
Metáfora: "Amo-te como Deus ama suas criações."
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