Romantismo: Características e Contexto Histórico

março 25, 2016

O Romantismo é um movimento surgido na Europa e, a partir dela, no Brasil, no fim do século XVIII. Perdura até meados do século XIX. Opunha-se ao Classicismo, ao racionalismo e Iluminismo. Influenciou a literatura, a pintura, a música, a arquitetura e a política.

Características

  • Oposição ao clássico.
  • Estrutura de texto em prosa, longo.
  • Desenvolvimento de um núcleo central.
  • Narrativa ampla refletindo uma sequência de tempo.
  • O indivíduo passa a ser o centro das atenções.
  • Influencia a pintura, a música e a arquitetura.
  • Surgimento de um público consumidor (folhetim).
  • Versos livres.
  • Versos brancos.
  • Exaltação do nacionalismo, da natureza e da pátria.
  • Criação de um herói nacional.
    Sentimentalismo.
  • Supervalorização das emoções pessoais.
  • Subjetivismo.
  • Egocentrismo.
  • Saudades da infância.
  • Idealização da sociedade, do amor e da mulher.
  • Fuga da realidade.
  • Contexto Histórico.
  • Como escola literária, as bases do sentimentalismo romântico e do escapismo pelo suicídio foram estabelecidas pelo romance Werther, de Goethe, publicado na Alemanha em 1774.
  • Na Inglaterra, o Romantismo se manifesta nos primeiros anos do século XIX, com destaque para a poesia ultra-romântica de Lord Byron e para o romance histórico Ivanhoé, de Walter Scott.
  • Também figuram entre as primeiras obras do início da revolução romântica na Europa os livros Manon Lescut, do árabe Prévost (1731), e a história de Tom Joses, de Henry Fielding (1749).
  • O romance, contudo, já era utilizado no Império Romano, cuja palavra “romano” era aplicada para designar as línguas usadas pelos povos sob o seu domínio. Tais idiomas eram, na verdade, uma forma popular do latim.
  • As composições de cunho popular e folclórico escritas em latim vulgar, em prosa ou em verso e que relatavam fantasias e aventuras também eram chamadas de romance.
  • E foi no século XVIII, que tomou o sentido atual, após passar pelas formas de "romance de cavalaria, romance sentimental, romance pastoral", na Europa. O romance pode ser considerado o sucessor da epopeia.

Oposição ao Clássico

No início, todos os movimentos em oposição ao clássico eram considerados românticos.
A arte, que antes era de caráter nobre e erudito, passa a valorizar o folclórico e o nacional.
A arte extrapola as barreiras impostas pela Corte e ganha o povo.
A arte romântica, ao romper as muralhas da Corte e ganhar as ruas, liberta-se das exigências dos nobres que financiavam sua produção e passa a ter um público anônimo. É o surgimento do público consumidor, impulsionado no Brasil pelo folhetim, que torna a literatura mais acessível.
Na prosa, o aspecto formal do Classicismo é deixado de lado. O mesmo ocorre com a poesia, com os verso livre, sem métrica e sem estrofação.
A poesia também é caracterizada pelo verso branco, sem rima.

Nacionalismo

Os românticos pregam o nacionalismo, incentivam a exaltação da natureza pátria, o retorno ao passado histórico e na criação do herói nacional.
Na literatura europeia, os heróis nacionais são belos e valentes cavaleiros medievais. Na brasileira são os índios, igualmente belos, valentes e civilizados.
A natureza também é exaltada no Romantismo, podendo se vista como uma extensão da pátria ou refúgio à vida agitada dos centros urbanos do século XIX.
A exaltação à natureza ganha, ainda, contornos do prolongamento do escritor, poeta e de seu estado emocional.

Sentimentalismo Romântico

            Entre as marcas principais do Romantismo estão o sentimentalismo, a supervalorização das emoções pessoais, o subjetivismo e egocentrismo.
É dessa maneira que os poetas se colocavam como o centro do universo.
Dentro de um universo particular, o poeta sente a derrota do ego, produz frustração e tédio.
São peculiaridades do movimento romântico as rugas da realidade por meio do abuso de álcool e ópio, a idealização da mulher, da sociedade e do amor, bem como a saudade da infância e a busca constante por prostíbulos.

Romantismo em Portugal

       O Romantismo em Portugal tem como marco inicial a publicação, em 1825, do poema "Camões", escrito por Almeida Garrett.
            A obra foi escrita durante seu exílio de Garrett em Paris.
         Os primeiros anos do Romantismo português coincidem com as lutas civis entre liberais e conservadores, acirradas com a renúncia de Dom Pedro ao trono brasileiro e seu engajamento na luta pelo trono de Portugal ao lado dos liberais.

Romantismo no Brasil

            No Brasil, duas publicações são consideradas o marco inicial do Romantismo.
         As duas obras foram lançadas em Paris, por Gonçalves de Magalhães, no ano de 1836: a revista Niterói e o livro de poesias Suspiros poéticos e saudades.

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