março 28, 2016

 "Pálida à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar! Na escuma fria,
Pela maré das águas embaladas!
Era um anjo entre as nuvens d'alvorada
Que em sonhos se embalava e se esquecia!
Era mais bela! O seio palpitando…
Negros olhos as pálpebras abrindo…
Formas nuas no leito resvalando…

Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!"
-Manuel Antonio Alvares de Azevedo

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